Estrutura Emae
A Emae – Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A. é uma empresa concessionária federal de serviços públicos de geração de energia elétrica. Empresa de capital aberto, controlada por investidores privados, é responsável pela operação da Usina Hidrelétrica Henry Borden (localizada em Cubatão) e das pequenas centrais hidrelétricas de Pirapora, Rasgão e Porto Góes (localizadas no rio Tietê).
A Usina Henry Borden faz parte de um complexo hidroenergético cujas principais estruturas associadas são, além da própria usina, os reservatórios Billings, Pedras e Guarapiranga,
o canal do rio Pinheiros, as usinas elevatórias São Paulo e Pedreira e a Estrutura de Retiro.
Reservatório Billings
A principal finalidade que motivou a construção do reservatório Billings, realizada na primeira metade do século XX (1925), foi o aproveitamento das águas do planalto paulistano, por meio da regularização de vazões, para aumentar a geração de energia elétrica na Usina Hidrelétrica Henry Borden, localizada em Cubatão. Por suas características e localização junto à metrópole, o reservatório sempre se caracterizou por permitir o uso múltiplo de suas águas (abastecimento público, controle de cheias e lazer, além da geração de energia). Ao longo do tempo, com o crescimento da metrópole, o uso prioritário passou a ser o abastecimento público, ficando os demais usos, inclusive a geração, como secundários. O projeto que formou o complexo hidroenergético da Emae foi o Projeto Serra, do engenheiro Asa White Kenney Billings.
Para a geração de energia, há um contrato de concessão assinado pela Emae com o Ministério de Minas e Energia, que é o poder concedente. Por outro lado, existem outorgas da SP Águas para que a SABESP retire água para abastecimento público de dois braços do reservatório (Rio Grande e Taquacetuba).
O Billings, entre outros usos, alimenta as turbinas da Usina Hidrelétrica Henry Borden, com capacidade de geração de 889MW. Essa usina integra o Sistema Interligado Nacional (SIN) e produz energia de acordo com as solicitações (despacho) do Operador Nacional do Sistema (ONS), cujos montantes estão diretamente relacionados às necessidades do sistema.
O Reservatório Billings possui um espelho d’água de até 127,15 km², quando está em seu nível máximo, cota 746,50 NA, e sua capacidade de armazenamento é de 1,2 bilhão de m³. São 711 quilômetros de borda (o Reservatório Guarapiranga tem 153 quilômetros).
A afluência de água ao Reservatório Billings ocorre de duas formas: vazões naturais da bacia do reservatório, cuja média histórica é de 15,6 m³/s; e vazões bombeadas para controle das cheias do Rio Pinheiros.
A Emae realiza exclusivamente a gestão operacional do sistema hidráulico do canal Pinheiros, incluindo o bombeamento de águas com o objetivo de fazer o controle de cheias,
em atendimento às regras operativas definidas pelos órgãos competentes e conforme atribuições relacionadas à geração de energia elétrica.
Os bombeamentos para controle de cheias ocorrem apenas quando são verificadas as condições estabelecidas pela
Resolução Conjunta SMA/SES 03/1992, atualizada pela Resolução SMA-SSE-02/2010.
Todos os eventos de bombeamento são comunicados à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (SEMIL), Secretaria Municipal das Subprefeituras (SMSUB), Conselho Estadual de Meio Ambiente (CONSEMA), Defesas Civis do Estado e Município, Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), Centro de Controle Operacional Integrado (CCOI) municipais e CEAGESP.
Como concessionária de geração de energia elétrica, a Emae atua no controle operacional do reservatório Billings.
Considerando o uso múltiplo do reservatório, a empresa utiliza a água para geração de energia na Usina Henry Borden, localizada em Cubatão, com base em regras estritamente operacionais dos órgãos competentes.
O Reservatório Billings tem diferentes níveis máximos de água ao longo do ano para garantir a segurança. Nos meses secos, o nível pode ser mais alto, enquanto nos meses chuvosos, ele precisa ser mais baixo para evitar transbordamentos. Essa variação é
definida no projeto do reservatório para sempre deixar espaço para armazenar a água da chuva sem ultrapassar o limite permitido.
O principal ponto de descarga do reservatório Billings é o turbinamento pela usina Henry Borden, que tem capacidade de descarregar até 150 metros cúbicos de água por segundo (m3/s). Adicionalmente, é possível descarregar o reservatório por outros dois pontos:
– Barragem Rio das Pedras: vazão máxima de 114m³/s apenas em operação de emergência. Em uma operação normal, a vazão é limitada em 60m³/s, devido à possibilidade de transbordamento na galeria de desvio em Henry Borden.
– Sangradouro Pequeno-Perequê: vazão máxima de 226m³/s e vazão máxima recomendável de 30m³/s, em caso de extrema necessidade, devido a erosão na Serra do Mar e interferência com tubulações da Petrobras e torres de transmissão da CTEEP.
A Emae não tem atribuições relacionadas ao controle da qualidade das águas. A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) é o órgão responsável pela fiscalização, monitoramento contínuo e controle ambiental das águas superficiais, incluindo o Reservatório Billings. Anualmente, a CETESB publica relatórios detalhados sobre a qualidade das águas, demonstrando os parâmetros e limites técnicos nesses
corpos d’água.
Paralelamente, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP) é responsável pelo tratamento das águas destinadas ao abastecimento público, assegurando que a qualidade da água distribuída à população atenda integralmente
aos padrões estabelecidos pela legislação vigente e pelos órgãos reguladores de saúde pública, garantindo segurança hídrica e minimizando riscos à saúde da população abastecida pelo Reservatório Billings.
Portanto, quaisquer esclarecimentos específicos sobre a gestão da qualidade da água, bem como informações detalhadas sobre medidas para mitigar os impactos decorrentes da transposição das águas do Rio Pinheiros para o Reservatório Billings, devem ser direcionados aos órgãos responsáveis mencionados acima.
O bombeamento se tornou uma ação de segurança pública à medida que ele é
realizado para o controle de cheias da Região Metropolitana de São Paulo. Ele é feito
por meio de regras operativas controladas em casos emergenciais. Sendo assim, as
águas bombeadas são as que estão presentes nos leitos dos rios e que chegam ao rio
Pinheiros.
Com relação às permissões para retirada de água, bem como volumes derivados, a SP Águas, órgão responsável pela concessão de outorgas de direito de uso dos recursos hídricos no Estado de São Paulo, deve ser procurada. Já as informações sobre a classificação de qualidade da água, bem como sobre projetos de despoluição, devem ser obtidas com a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística e com a CETESB.
Com relação às permissões para retirada de água, bem como volumes derivados, a SP Águas, órgão responsável pela concessão de outorgas de direito de uso dos recursos hídricos no Estado de São Paulo, deve ser procurada. Já as informações sobre a classificação de qualidade da água, bem como sobre projetos de despoluição, devem ser obtidas com a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística e com a CETESB.
A responsabilidade pela coleta e destinação do lixo é do poder público municipal. A Emae, por meio de ações e parcerias com comunidades do seu entorno, incentiva a adoção de práticas que reduzam a quantidade de lixo descartado, assim como a correta destinação dos resíduos.
Paralelamente a isso, para a segurança das estruturas, usinas elevatórias e de geração
de energia elétrica, a empresa realiza a retirada de resíduos das grades das usinas para
atender a demanda de controle de cheias e geração de energia elétrica. Por ano, a
EMAE recolhe toneladas de resíduos, contribuindo significativamente com a retirada
desse material que polui nossos rios e reservatórios. Destaca-se, contudo, que a gestão
de resíduos sólidos urbanos é atribuição legal dos municípios, conforme previsto na Lei
Federal nº 12.305/2010 (Política Nacional de Resíduos Sólidos) e complementado pela
Lei Estadual nº 12.300/2006 do Estado de São Paulo, que reforçam o papel dos
municípios como responsáveis diretos pela gestão desses resíduos.
Em situações de estiagem, o rebaixamento do nível do reservatório ocasiona o
acúmulo de resíduos, o que evidencia problemas relacionados à origem e destinação
inadequada do lixo na cidade de São Paulo e nos outros municípios que estão dentro
do perímetro do Reservatório. A Emae retira por ano muitas toneladas de lixo das
grades de suas usinas no Rio Pinheiros, material que, caso não fosse removido, poderia
chegar ao reservatório e impactar na geração de energia. Além disso, a Emae tem
parceria com o Estado de São Paulo no Programa Integra Tietê que, desde janeiro de
2023, já retirou mais de 80 mil toneladas de resíduos do Rio Pinheiros.
Recentemente privatizada, a empresa mantém seu compromisso com a busca por
soluções sustentáveis para a região. Nesse sentido, colabora ativamente com o poder
público para resolver os problemas relacionados à limpeza dos rios e seus entornos.
A Emae reafirma seu compromisso com o controle operacional do Reservatório Billings
e com o desenvolvimento de soluções colaborativas e sustentáveis para a questão do
lixo na cidade de São Paulo.
O odor é a resposta do meio ambiente para o recebimento de carga orgânica que
chega ao reservatório devido a falhas no sistema de coleta de efluentes, que possui
uma concentração de matéria orgânica, nitrogênio e fósforo. Essas condições
proporcionam a proliferação de algas, as Cianobactérias (algas azuis-esverdeadas) e
as Algas verdes (Clorofíceas). Esse processo é chamado de eutrofização e acontece
quando há uma somatória de fatores que fazem com que as algas se reproduzam,
como a abundância de alimento, proveniente dos esgotos despejados no reservatório,
espaço para seu crescimento e energia proveniente do sol.
Quando essas algas começam a morrer, por um processo natural pelo seu curto ciclo
de vida, ela elimina alguns gases, como por exemplo, o gás sulfídrico (H₂S) e o metano
(CH₄). Além disso, outros compostos químicos contribuem para o odor desagradável
associado à proliferação de algas no reservatório. As cianobactérias, também
conhecidas como algas azul-esverdeadas, produzem metabólitos secundários que afetam o sabor e o odor da água. Entre esses compostos, destacam-se a geosmina e o
2-metilisoborneol (MIB), que conferem à água aromas terrosos ou de mofo.
Sendo assim, a presença excessiva de nutrientes, como nitrogênio e fósforo, favorece a
proliferação de cianobactérias no reservatório. Esses microrganismos liberam
substâncias que podem alterar o odor e o gosto das águas. Além disso, a
decomposição anaeróbica da matéria orgânica acumulada no fundo da represa, devido
à alta produção de biomassa, resulta na formação de compostos como o gás sulfídrico,
que possui um odor característico de ovo podre. A combinação desses fatores —
produção de metabólitos por cianobactérias e decomposição anaeróbica da matéria
orgânica, é responsável pelo odor desagradável observado em alguns pontos do
Reservatório Billings, em especial nos braços onde chegam córregos vindos dos bairros
e há pouca circulação de água, dada as condições hidráulicas das áreas.
O fenômeno de proliferação de algas deriva das grandes concentrações de matéria orgânica nas águas do reservatório. A alta carga de esgotos despejados “in natura” em rios e córregos que desaguam no Billings, vindos, principalmente, de áreas de ocupação informais, associada a períodos de poucas chuvas e alta insolação, favorecem a multiplicação desses organismos.
Muitas podem ser as causas que eventualmente causam a morte de peixes, que vão
desde fatores externos ao ambiente natural a fatores ambientais e climáticos. A causa
da mortandade de peixes deve ser averiguada com a CETESB, órgão estadual
responsável pelo controle, fiscalização, monitoramento das águas superficiais, como os
reservatórios, incluindo o Billings. A Emae utiliza o reservatório para reservação de
água (usada para usos múltiplos) para geração de energia elétrica na Usina Henry
Borden, atividade principal da empresa e que não polui as águas.
Porém, em apoio às prefeituras municipais, a Empresa realiza ações socioambientais e
cede terrenos para implantação de redes de coleta, afastamento e tratamento de
esgoto em ocupações nos arredores do reservatório, além de intensificar a fiscalização
nas áreas de responsabilidade da empresa para evitar novas invasões, que contribuem
para o despejo de esgoto e outros resíduos diretamente nos corpos hídricos.
Como forma de auxiliar na melhoria das condições do reservatório, a empresa realiza diversas ações socioambientais, como a cessão de áreas para a implantação de sistemas de recolhimento e afastamento de esgoto em áreas de mananciais. Além
disso, participa de iniciativas que estimulam o cuidado e proteção dessas áreas, sempre que possível, em parceria com as comunidades e o poder público, como a criação de pistas de caminhada e campos de futebol, bem como o fomento ao plantio
de árvores de espécies nativas da Mata Atlântica, para melhorar a infiltração e recarga
de água nas nascentes.
Quando há invasão em áreas de manancial dentro de suas propriedades, a empresa adota medidas de fiscalização e controle que podem culminar em processo jurídico de reintegração de posse e o desfazimento dessas ocupações irregulares, sempre respeitando os trâmites legais necessários, além de posterior recuperação dessas áreas.
Vale destacar que a ocupação ilegal dessas áreas compromete não apenas o meio
ambiente, mas também a segurança hídrica da região. Além disso, esses locais
também oferecem risco em razão de eventuais alagamentos por conta do aumento do
nível de armazenamento do reservatório, obstrução de drenagens e perda de áreas de
naturais.
A Emae é concessionária de serviço público federal de geração de energia elétrica e
suas atribuições legais a impossibilitam que atue em programas de construção de
moradias, independentemente da situação de ocupações irregulares ou
reassentamentos.
A Emae fomenta ações que melhoram a mobilidade urbana e reduzem o uso de
combustíveis fósseis. Nesse caso específico, a empresa somente cedeu a área do
reservatório para a Prefeitura de São Paulo, responsável pelo projeto e operação do
Aquático São Paulo, primeiro transporte hidroviário público da cidade. O transporte
entrou em operação no dia 13 de maio de 2024.
Usina Fotovoltaica Flutuante Araucária (UFF)
Primeira e maior usina fotovoltaica flutuante a operar comercialmente no Brasil na modalidade de Geração Distribuída, com geradores localizados próximos ao maior centro de consumo de energia elétrica, a cidade de São Paulo, a UFF Araucária foi instalada no reservatório Billings e inaugurada no dia 17/01/2024, em parceria com a KWP Energia, maior detentora de expertise no desenvolvimento de projetos de
energia solar fotovoltaica flutuante no país.
Esse primeiro empreendimento tem potência de conexão de 5MW e potência instalada de 7MWpico, o que equivale ao atendimento de 4 mil residências. A planta
tem 10.500 painéis solares sobre a lâmina d’água e possui capacidade para produzir até 10 GWh por ano. A Geração Distribuída (GD) refere-se à geração de energia elétrica
realizada próxima ao local de consumo, geralmente por meio de fontes renováveis ou alternativas, como sistemas solares fotovoltaicos, pequenas centrais hidrelétricas (PCH),
biomassa, energia eólica e cogeração qualificada.
Principais características da Geração Distribuída:
• Proximidade: a energia é gerada próximo ou no próprio local de consumo.
• Pequena escala: geralmente com potência limitada (no Brasil, até 5 MW, conforme regulamentação da ANEEL).
• Descentralização: reduz a dependência das grandes usinas centralizadas.
• Redução de perdas: por gerar energia próximo aos pontos de consumo, diminui as perdas técnicas na transmissão e distribuição.
• Sustentabilidade: normalmente baseada em fontes renováveis ou limpas, reduzindo impactos ambientais.
Vantagens:
• Redução de custos com energia elétrica.
• Maior autonomia energética.
• Menor impacto ambiental.
• Incentivo ao uso de fontes renováveis.
• Diminuição da necessidade de investimentos em expansão da rede elétrica tradicional.
As usinas fotovoltaicas flutuantes geram ganhos que vão além da produção de energia limpa, sustentável e descarbonizada. Entre eles podemos destacar:
• Maior eficiência em relação aos painéis instalados em solo ou telhados, dado o resfriamento das placas solares, causado pela proximidade com a lâmina d’água.
• Melhor aproveitamento dos reservatórios de usinas hidrelétricas, reforçando a questão do uso múltiplo dos recursos hídricos e redução da evaporação da água.
• Baixo impacto ambiental, uma vez que, para instalar equipamentos na água, não é necessário executar terraplanagem, tampouco supressão de vegetação,
questões muito significativas em um licenciamento ambiental típico.
• Comparado aos projetos fotovoltaicos em solo, a solar flutuante não incorre em gastos com aquisição ou arrendamento das áreas necessárias à implantação das usinas, além de liberar terreno para outras atividades importantes, como indústria, agropecuária, comércio etc. Essa questão é ainda mais significativa em regiões com pouca disponibilidade de área livre, como nos grandes centros urbanos e regiões metropolitanas, locais com elevado consumo de energia.
• Mesmo após a implantação da totalidade de usinas fotovoltaicas flutuantes prevista no Reservatório Billings, a área total da superfície de água abrangida pelos empreendimentos, em comparação com a área total do reservatório, é
menor que 1%, ou seja, a ocupação da lâmina d’água pelas usinas é uma pequena porção, que não impede o uso múltiplo do reservatório, o que poderá beneficiar direta e indiretamente ainda mais pessoas.
O projeto foi desenvolvido com o propósito de criar novos negócios em geração de
energia renovável. Ainda estatal, em 2020 e 2021, a Emae lançou duas chamadas
públicas para aproveitar o potencial solar fotovoltaico do Reservatório Billings
considerando uma potência total de 130 MW através de plantas individuais de 5 MW
cada uma. Ao final da implantação dos 130 MW, prevista para o final de 2026, a energia
gerada será suficiente para abastecer uma cidade de 104 mil residências e o espaço
ocupado será equivalente a trezentos campos de futebol. O investimento inicial nesta
primeira usina solar flutuante foi próximo de R$ 35 milhões.
O projeto foi desenvolvido com o propósito de criar novos negócios em geração de
energia renovável. Ainda estatal, em 2020 e 2021, a Emae lançou duas chamadas
públicas para aproveitar o potencial solar fotovoltaico do Reservatório Billings
considerando uma potência total de 130 MW através de plantas individuais de 5 MW
cada uma. Ao final da implantação dos 130 MW, prevista para o final de 2026, a energia
gerada será suficiente para abastecer uma cidade de 104 mil residências e o espaço
ocupado será equivalente a trezentos campos de futebol. O investimento inicial nesta
primeira usina solar flutuante foi próximo de R$ 35 milhões.
A energia elétrica gerada nessas usinas será entregue na rede de distribuição da concessionária local da Região Metropolitana de São Paulo, na modalidade de Geração Distribuída. A energia gerada é usada para abater o consumo de energia elétrica do consumidor, proporcionando economia por meio de compensação em sua conta de luz.
Após projeto piloto e duas chamadas públicas desenvolvidas pela Emae em 2020 e 2021,
três empresas foram selecionadas (KWP Energia, Pacto Energia e Greenyellow), sendo
que a primeira usina foi instalada no Reservatório Billings, em janeiro de 2024, em
parceria com a KWP Energia.
A instalação da UFF Araucária utilizou 10.500 painéis solares, que são apoiados sobre
flutuadores de polietileno de alta densidade, posicionados sobre a lâmina d’água do
reservatório. Esses flutuadores são recicláveis ao fim de sua vida útil, inertes à água e
tratadas para proteção contra os raios solares, aumentando sua durabilidade.
A estrutura, fabricada com material de alta densidade por meio de tecnologia francesa, é
projetada para suportar ventos de até 210 km/h e ondas de até 2 metros de altura.
A planta, com capacidade de 7 MWp, conta com 25 inversores de 200 kW, 5
transformadores de 1,25 MW de potência, suportes de alumínio e uma área livre para a
ancoragem da ilha flutuante, que é cercada por um equipamento chamado “log-boom” –
uma cerca flutuante usada para sinalizar a usina e conter resíduos.
Os painéis solares captam a luz solar, que é convertida em energia elétrica. Cada
conjunto de 200 kW de energia gerada é convertido em corrente contínua pelos
inversores, e um cabo de conexão, conhecido como “cordão umbilical”, conecta os
inversores aos transformadores instalados na margem da represa. Ao chegar ao solo, a
tensão é elevada nos transformadores, até o nível necessário de 13,8 kV, para a conexão
à rede da distribuidora de energia local.
Está prevista, até o final de 2026, a instalação de mais 125MW, distribuídos em outras plantas ao longo do reservatório, pelos parceiros privados, com investimentos da ordem de R$ 800 milhões. Desse total, 100 MW devem ser implantados ainda em 2025.
Canal Pinheiros
Os bombeamentos para controle de cheias ocorrem apenas quando são verificadas as condições estabelecidas pela Resolução Conjunta SMA/SES 03/1992, atualizada pela Resolução SMA-SSE-02, de 19/02/2010. Todos os eventos de bombeamento são comunicados à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (SEMIL), Secretaria Municipal das Subprefeituras (SMSUB), Conselho Estadual de Meio Ambiente (CONSEMA), Defesas Civis do Estado e Município, Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), Centro de Controle Operacional Integrado (CCOI) municipais e CEAGESP.
A principal atividade realizada pela Emae é a manutenção de áreas das instalações dos Canais Pinheiros e Guarapiranga, incluindo o corte de vegetação dos taludes e as áreas laterais das estradas de serviço e auxilio para o embarque e desembarque de equipamentos do CCZ. A empresa realiza também trabalhos de manutenção e conservação de áreas verdes ao longo das margens do canal.
Informações detalhadas sobre o combate aos insetos, especialmente sobre a aplicação de produtos para esse fim, devem ser obtidas junto à COVISA, detentora dos dados e responsável pelo controle.
Essas margens foram concedidas para a iniciativa privada e, do lado direito do rio, paralela à linha férrea, funciona a Ciclovia Rio Pinheiros, cuja gestão é da empresa Farah Service. Do lado esquerdo, funciona o Parque Bruno Covas, que tem como gestora a Secretaria de Infraestrutura, Logística e Meio Ambiente (SEMIL).
As retiradas desses detritos, realizadas por meio de um barco que navega ao longo dos 25 quilômetros do Pinheiros, é feita pela Semil. Após a coleta, os materiais são levados para um local chamado “área de rebaixo” (onde são depositados para secar) e, depois, colocados em caçambas e encaminhados para aterro sanitário. Há, ainda, o volume de materiais sólidos removidos nas grades das Usinas Elevatórias Pedreira e São Paulo pela Emae.
A Emae não autoriza a permanência de animais em suas áreas e, quando são dentificadas irregularidades, aciona o Centro de Controle de Zoonoses.
Rio Tietê
A Emae mantém a medição apenas dos níveis dos reservatórios onde opera as usinas
de Rasgão, Pirapora e Edgard de Souza, no Rio Tietê, e os dados que recebe têm como
finalidade exclusivamente o controle de cheias. Demandas sobre níveis do rio devem
ser direcionadas ao SP Águas.
A Emae opera as barragens sob sua responsabilidade, de acordo com as regras
vigentes para o controle das vazões que afluem a essas estruturas. Na região do Médio
Tietê, opera as barragens Edgard de Souza, Pirapora, Rasgão e Porto Góes (além da
PCH Pirapora e as usinas Rasgão e Porto Góes).
A empresa não é responsável pelo controle da qualidade das águas que chegam às
instalações que opera e sua atividade principal, a geração de energia por meio de
fonte hidráulica, não provoca alteração na qualidade da água.
Ao contrário, a Emae sofre com o lixo que chega às suas barragens e usinas, vindo do
descarte inadequado nas cidades que margeiam o rio, pois ele causa problemas
operacionais e elevação dos custos de manutenção e operação dos equipamentos.
Grande quantidade desses materiais que chega aos equipamentos é retirada pela
empresa. Já a coleta e destinação dos resíduos são de responsabilidade dos poderes
públicos municipais.
O Controle de cheias realizado pela Empresa é uma ação prevista nos estudos de
macrodrenagem da Região Metropolitana de São Paulo. Em situações de chuvas
intensas, a Emae realiza a operação de controle de cheias em que a vazão da Bacia do
Tietê é drenada pela Barragem Edgard de Souza. Os níveis e vazões das Barragens
Edgard de Souza, Pirapora, Rasgão e Porto Góes atuam dentro dos parâmetros de
operação estabelecidos no Manual de Instruções de Operação Hidráulica. O
monitoramento dessas operações ocorre de forma contínua, o que garante um
acompanhamento rigoroso dos volumes e a segurança das estruturas.
Além disso, o Centro de Operação do Sistema (COS) da Emae, que funciona 24 horas
por dia, informa, de hora em hora, as Defesas Civis dos municípios localizados entre as
barragens Edgard de Souza e Porto Góes sobre as operações de controle de cheias.
Balsas
A Balsa Bororé parte do bairro do Grajaú, zona sul da Capital, rumo à Ilha do Bororé, e o seu tempo médio de travessia em água é de 4 minutos. Tem capacidade para transportar 35 veículos leves e 300 pedestres. Por ano, são transportados, aproximadamente, 430.519 pedestres e 758.790 veículos.
A Balsa Taquacetuba, que sai da Ilha do Bororé em direção a São Bernardo do Campo, tem o tempo médio de travessia em água de 7 minutos e capacidade para transportar 12 veículos leves e 180 pedestres. Por ano, são transportados, aproximadamente, 132.626 pedestres e 114.936 veículos.
Já Balsa João Basso transporta a maior quantidade de passageiros e chega ao Riacho Grande, também em São Bernardo do Campo. Com tempo médio de travessia em água de 4 minutos, tem capacidade para transportar 40 veículos leves e 400 pedestres. Por ano, são transportados, cerca de 1.382.705 pedestres e 1.183.910 veículos.
Porém, a prioridade de embarque é para os casos de veículos que atendem emergências, como ambulâncias, veículos da polícia e bombeiros, além do transporte de passageiros em veículos que atendem o serviço de transporte público.
As três balsas juntas contam com 58 colaboradores trabalhando em turnos (dados de fevereiro/2025).
- João Basso – 22 pessoas
- Bororé – 14 pessoas
- Taquacetuba – 10
- Manutenção das três balsas – 12
Usinas Henry Borden
A geração de energia na Usina Henry Borden, localizada no município de Cubatão, atende integralmente aos despachos do Operador Nacional do Sistema – ONS, integrando-se ao Sistema Integrado Nacional (SIN), que direciona essa energia para atendimento de prioridades locais ou pontualmente para atendimento de emergências.
Patrimônio Imobiliário
A área total fiscalizada é de 270 milhões de m². Além da programação para percorrer toda a área da empresa, são realizados, em média, outros 900 atendimentos por ano que chegam para a equipe de fiscalização.
Essa atividade acontece todos os dias e possui uma equipe dedicada para percorrer principalmente as margens dos reservatórios, por meio de ações coordenadas e integradas com outros agentes.
Seguranças nas barragens
Paralelamente, a Emae emite e envia, quando solicitado, relatórios para acompanhamento da fiscalização. As barragens também contam com operadores em regime de trabalho ininterrupto. Vale destacar que todas as estruturas têm planos de segurança e recebem manutenções periódicas, baseadas nas informações obtidas nas inspeções de segurança rotineiras e regulares, nas leituras dos instrumentos de auscultação e em análises dos dados.
É importante ressaltar que a Emae também já elaborou o Plano de Ação de Emergência (PAE) em 19 estruturas (barragens, diques e sangradouros). O PAE prevê o planejamento de procedimentos que devem ser cumpridos pela empresa em caso de situações de emergência e a identificação dos agentes que devem ser notificados na eventualidade de ocorrências na chamada Zona de Autossalvamento (ZAS), localizada em um raio de 10 quilômetros a jusante das barragens. As premissas atendem a legislação vigente.
Diferentemente das barragens de rejeito, que armazenam resíduos da mineração e apresentam maiores riscos de instabilidade, as barragens da Emae contam com sistemas de drenagem eficientes, vertedouros controlados e monitoramento contínuo para assegurar sua integridade estrutural. As barragens de terra da companhia oferecem boa adaptação ao terreno e capacidade de absorção de deformações, mas requerem atenção especial à infiltração e erosão interna, enquanto as de concreto se destacam pela alta resistência mecânica e durabilidade. Ambas passam por inspeções rigorosas e seguem normativas específicas para minimizar riscos.
Por outro lado, as barragens de rejeito, comuns na mineração, possuem um comportamento estrutural diferente. Em vez de reterem água de forma controlada, elas armazenam lama e partículas finas misturadas a resíduos químicos, muitas vezes, sem a presença de um vertedouro permanente. Esse tipo de barragem sofre alteamentos, um fator de risco adicional. O acúmulo progressivo de rejeitos pode gerar liquefação do material, resultando em falhas estruturais.
A estabilidade das estruturas da Emae está diretamente ligada ao controle dos níveis d’água, da pressão interna e das condições dos taludes, enquanto as barragens de rejeito podem sofrer instabilidade mesmo sem variações significativas de carga hidráulica. Em caso de falha, o rompimento de uma barragem de água tende a seguir os canais naturais do relevo, enquanto o rompimento de uma barragem de rejeito libera uma massa densa e destrutiva, que se espalha sobre o solo, impactando grandes áreas.
Não. Raramente as comportas são abertas. Essa medida só é utilizada quando os reservatórios do Rio das Pedras e Billings atingem o limite máximo operacional. A última manobra das comportas no local ocorreu em 2020 e, antes disso, em 2010. Caso seja necessária a abertura, a Emae segue o protocolo estabelecido, que prevê o aviso prévio aos órgãos como Sabesp, Fundação Florestal, CETESB, Defesa Civil Municipal, entre outros, para garantia da segurança da atividade e para que a população seja devidamente informada.
Usina Termelétrica Piratininga
Não. A Emae possui a concessão da termelétrica Piratininga, porém, desde janeiro de
2001, a usina está arrendada para a Petrobras. O arrendamento deve terminar em
março/abril 2025.
Vale destacar que, no momento, o programa de visitas passa por reestruturação e está suspenso, com retorno previsto para o segundo semestre.
Para trabalhar na Emae, os currículos devem ser enviados através do e-mail:
recursos.humanos@emae.com.br.